7 de octubre de 2006

ENVIAN EN BRASIL CARTA ABIERTA A FECAL 1



ESCRIBIO JAVIER:

Este es el blog del colectivo de Brasilia que convocó y organizó la
protesta de ayer, ahí está la nota y dos fotos:

http://www.ardc.blogger.com.br/index.html

Ya escribiré más, no tengo mucho acceso por ahora internet.

Saludos!

CARTA PARA CALDERÓN



Brasília, 06 de outubro de 2006.

Carta aberta ao Sr. Felipe Calderón e a diplomacia brasileira

Até quando os governantes mexicanos responderão com balas e mortes às reivindicações populares? Não é de hoje que a situação dos trabalhadores mexicanos, indígenas e não-indígenas, pessoas simples e lutadoras, vem sendo tratada com descaso e violência pelos sucessivos governos que mandam e desmandam, nos estados e no país. A quem servem estes governantes? Para quem eles estão governando?
Acreditamos que o próprio povo mexicano vem respondendo a estas questões, insurgindo e se rebelando contra aqueles que têm tudo, que mandam em todos, contra a arrogância dos que há séculos os exploram e humilham. O que os zapatistas em Chiapas, os campesinos e floristas de Atenco e o povo de Oaxaca estão fazendo, nada mais é do que parar de esperar por quem não os trás nada além de desrespeito, violência e miséria.
Esses, ao contrário do que parece pensar o governo mexicano, não são problemas a serem resolvidos por militares. Não são balas, mortes e prisões arbitrárias que as pessoas estão reivindicando nas ruas. Quando a polícia seqüestra um estudante oaxaqueño, é um de nós que está sendo seqüestrado, quando a polícia mata um jovem em Atenco, é um de nós que está sendo assassinado, quando o exército mexicano violenta mulheres, velhos e crianças, comunidades inteiras no sudeste mexicano, é a nós que estão violentando. Somos um só povo, digno e rebelde, do Alaska à Terra do Fogo, em todas as partes do mundo.
E é por sermos um só povo, que faz política com suas próprias mãos, que não espera promessas dos que estão acima, que não reconhece os que estão acima, que luta e sonha, um dia após o outro, com um mundo novo, um mundo onde caibam muitos mundos, e não apenas o dos ricos e poderosos, é por tudo isso que estamos aqui hoje. Para exigir:

o Liberdade aos/às Presos/as políticos de Atenco;
o Desmilitarização dos estados de Chiapas e Oaxaca;
o Destituição de Ulises Ruiz do governo do estado de Oaxaca;
o Fim da repressão aos movimentos populares do México;
o Cumprimento dos Acordos de San Andrés.

Pensamos também que, o governo brasileiro, que vem se declarando como apoiador dos movimentos sociais, deve se posicionar contra a repressão aos movimentos populares que está ocorrendo no México.
Não é por que lutamos abaixo e à esquerda, e nutrimos profunda descrença no sistema político-eleitoral como forma de realizar mudanças que interessem ao povo, que iremos tolerar a fraude nas eleições que pretende legitimar Felipe Calderón. Portanto, convidamos o sr. Calderón a mergulhar no nosso ritual festivo-culinário-político-canibal para sentir a fervura do Caldeirão Popular! Somos muitos/as, em todos os lugares do mundo e não nos calaremos diante de tais injustiças.
Abaixo e à esquerda está o coração! Que se Vayan Todos/as!

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